quinta-feira, 9 de maio de 2013

Escola da Vida...

"...Na escola da vida não há graduação. Quem nela se "diploma" faz perecer sua criatividade, na medida em que não mais possui a capacidade de ficar assombrado com os mistérios que a norteiam. Tudo se torna comum para ele, nada havendo que o anime e o instigue. Nessa escola, o melhor aluno não é aquele que tem consciência do quanto sabe, mas do quanto não sabe. Não é aquele que proclama a sua perfeição, mas o que reconhece suas limitações. Não é aquele que proclama a sua força, mas o que educa a sua sensibilidade. Todos temos momentos de hesitação e insegurança. Não há quem não sinta o medo e a ansiedade em determinadas situações. Não há quem não se irrite diante de determinados estímulos. Todos temos fragilidades. Só não as enxerga quem é incapaz de viajar para dentro de si mesmo. Uns derramam lágrimas úmidas; outros, secas. Uns exteriorizam seus sentimentos; outros, numa atitude inversa, os represam. Alguns, ainda, superam com facilidade determinados estímulos estressantes, parecendo inabaláveis, mas tropeçam em outros aparentemente banais.
Diante da sinuosidade da vida, como podemos avaliar a sabedoria e a inteligência de alguém: quando o sucesso lhe bate à porta ou quando enfrenta o caos?
É fácil expressar serenidade quando nossas vidas transcorrem num jardim, difícil é quando nos defrontamos com as dores da vida. Os estágios finais da vida de Cristo foram pautados por dores e aflições. 
Teria ele conservado seu brilho intelectual e emocional nas suas causticantes intempéries? O mestre brilhou na adversidade: uma síntese das funções da sua inteligência. No primeiro livro estudamos a inteligência insuperável de Cristo. Ele não freqüentou escola, era um simples carpinteiro, mas para nossa surpresa expressou as funções mais ricas da inteligência: era um especialista na arte de pensar, na arte de ouvir, na arte de expor e não impor as idéias, na arte de pensar antes de reagir. Era um maestro da sensibilidade e um agradável contador de histórias. Sabia despertar a sede do saber das pessoas, vaciná-las contra a competição predatória e contra o individualismo, estimulá-las a serem pensadoras e a desenvolver a arte da tolerância e da cooperação social. Além disso, era alegre, tranqüilo, brando, lúcido, coerente, estável, seguro, sociável e, acima de tudo, um poeta do amor e um excelente investidor em sabedoria nos invernos da vida..."


Autor: Augusto Cury
Imagem: Google

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