terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vovó....

As pessoas costumam dizer que vó é mãe com açúcar, pois bem... a única vó que conheci(mãe da minha mãe)me deu muito AMOR, Dona Amara, ela não foi com açúcar e sim com mel que é mais saudável!

Mulher Forte, filha de uma espanhola temperamental que largou sua vida sofisticada e luxuosa de uma família tradicional para casar com um mestiço, filho de um dos escravos de uma de suas fazendas,seus pais não aceitaram a situação e a expulsaram da convivência familiar mas ela não intimidou seguiu seu coração, na pobreza mas com AMOR e com ele teve seis filhos e um deles era minha vó.
Vovó... falar dela resumidamente...não sei nem como começar...é difícil mas vou tentar...

Nasceu em 1917, no fim da primeira Guerra Mundial(1914-1918), presenciou a Grande Segunda Guerra .(1939 – 1945), católica apostólica romana. Trabalhou em várias fábricas depois tornou-se enfermeira.
 Casou 3 vezes; foi viúva,o primeiro casamento com um médico,depois com um policial e o último com um dono de padaria: português, judeu, amigo de infância, meu avô, sendo que o primeiro casamento foi ocorrido quando ela tinha 26 anos, naquele tempo isso era sério, a mulher já era considerada vitalina, encalhadaaaa, risos...
Colecionava fotos da vida de reis, rainhas, princesas e príncipes da vida real em um grande álbum!!!
Teve dois filhos, frutos desses relacionamentos, que por sua vez, teve 3 netos e hoje já tem bisnetos. 
Vovó era transparente como água, forte, decidida, tinha um andar firme, elegante, determinado, como se quisesse dizer ao mundo:
-Não deixo que ninguém me pise porque eu estou indo em busca da minha FELICIDADE!
Nossaaaaaaa...como eu ouvi isso dela...era quase um mantra, risos!! E falou mais a mim...

- Rosa branca (era assim que ela me chamava) viva cada momento feliz sem pensar no amanhã, deguste, porque nessa vida temos que colecionar esses momentos. Não deixe de ser você por nada e nem por ninguém mas sempre queira eliminar ou amenizar seus defeitos tenha esse objetivo - Ser uma pessoa melhor a cada dia!

Essa mulher amou muito... ela me disse isso?? Não, mas era claro em seus olhos expressivos e nas suas expressões de carinho e afeto!
Mulher de voz firme, para alguns podia ser interpretada como uma voz dura mas bastava conhecer um pouco mais para descobrir que era só uma falsa impressão...foi o jeito que ela encontrou de encarar tudo que viveu de ruim porque na realidade, vovó era DOCE COMO MEL!!!
Ela não esta mais entre nós, seguiu a grande viagem para concluir seu processo espiritual, pegou o trem com 74 anos, seu enterro foi no Rio de Janeiro com muitos girassóis, que além de ser a flor preferida dela, era nome do filme preferido, Girassóis da Russia, feito por Sophia Loren que ela amava, eu tinha 13 anos e para mim ela foi cedo, porém foram os 13 anos mais felizes de minha vida porque nossas conversas em baixo do pé de laranja, no meu quarto ou no dela, foi a base de ser o que sou hoje...
Se ela estivesse aqui agora, existiriam duas palavras para serem ditas;
Saudades mas OBRIGADA!!!
"... Uma mãe sempre tem que pensar duas vezes, uma por ela e outra por seu filho." (Sophia Loren)

5 comentários:

  1. Oi Roberta!!!

    Vim retribuir sua visita e amei seu Blog!!!
    Muita energia boa e alegria no ar! rsrs

    Vou colocar o link dele no LINKS LEGAIS do meu Blog tá?

    Grata pela visita e comentários!
    Continue sendo essa pessoa iluminada e feliz que vc é!!

    Bjusss de Luz
    Stela

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  2. Betaa... vó é vó... como diria ela mesma... vó é mãe duas vezes... ainnn vó é coisa boa d+... e o blog.. ta cada vez mais lindo!!!

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  3. Anônimo12:26 PM

    Que linda a hostória da sua avó, Roberta!!!! Mulher forte, guerreira e heroína!!! Felis de vc, que teve a oportunidade de conviver com uma estrela de tamanha grandeza!!!Beijos!!!!!

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  4. Anônimo12:28 PM

    Saíram ali umas palavrinhas digitadas de forma errada... história e feliz, me desculpa!!!! Beijinhos!!!!

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  5. Que vovó mais linda, adorei, girassóis, amo tbém, a minha avó materna era muito brava, rigida demais, foi um pouco sofrida nossa convivência mas a amo assim mesmo e tenho saudades, a minha avó paterna era um doce morro de saudades! Bjoooos

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Gratidão!

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